Com uma história marcada por intensidade, tragédias e renascimentos, a lendária banda californiana é a grande atração do segundo dia do festival brasiliense, que acontece nos dias 23 e 24 de maio.
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Quando a primeira nota de Plush ecoou nas rádios em 1992, o Stone Temple Pilots deixou de ser apenas mais uma banda alternativa para se tornar um dos pilares do grunge, mesmo vindo da ensolarada Califórnia. Com um som mais encorpado, letras viscerais e uma presença de palco hipnotizante, o STP conquistou o mundo. Agora, mais de 30 anos depois, eles chegam a Brasília como atração principal do Porão do Rock, no dia 24 de maio, prometendo um show carregado de nostalgia e energia.
O vocalista Scott Weiland, figura icônica e controversa da banda, deixou mais do que músicas memoráveis: ele deixou um legado poético e intenso, como se vê no poema inserido no encarte do disco Core (1992), onde critica a apatia da sociedade moderna de forma crua e direta. Mas a banda não se restringiu ao peso do grunge – exploraram novas sonoridades no psicodélico Purple (1994) e no ousado Tiny Music… (1996), mostrando que sabiam transitar entre a angústia e a experimentação como poucos.
Um detalhe curioso e pouco conhecido está na faixa escondida “My Second Album”, incluída no fim do disco Purple. Composta e interpretada por Richard Peterson, um excêntrico músico de Seattle apaixonado por Johnny Mathis, a canção virou trilha de bastidores para a banda. Eles a usavam como vinheta antes dos shows e a consideravam quase um reflexo involuntário de sua própria jornada musical.
Após a trágica morte de Weiland em 2015 e a breve passagem de Chester Bennington, o grupo encontrou em Jeff Gutt um novo fôlego. E para quem duvida do carisma do novo frontman, basta ver um show: Gutt não tenta ser Weiland, mas evoca sua essência com respeito, gestos e um timbre vocal surpreendentemente próximo – transformando cada apresentação em uma espécie de amálgama à história da banda.
No dia 24 de maio, quando o Stone Temple Pilots subir ao palco do Porão do Rock, dividirá espaço com nomes como BaianaSystem, Matanza e Terno Rei. Mas com a força de seus riffs e um catálogo de clássicos que moldou uma geração, a expectativa é de que a noite termine com o público em transe, embalado por hits eternos e lembranças que jamais envelhecem. O festival acontece nos dias 23 e 24 de maio, no estacionamento ao lado do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Os ingressos — com opções de pista e o espaço exclusivo Under Lounge — já estão à venda pelo site Digital Ingressos.
