Após o compacto “NOVA ERA/OHAYO SARAVÁ”, parceria dos selos RISCO (Brasil) e Cuca Monga (Portugal), os compositores Sophia Chablau e Felipe Vaqueiro anunciam Handycam, novo disco com lançamento para 1 de outubro de 2025.
O disco foi criado ao lado do baixista Marcelo Cabral (Metá Metá, Elza Soares, Criolo) e do baterista Biel Basile (O Terno). Gravado e co-produzido no Estúdio Canoa por Gui Jesus Toledo, é notável que os instrumentos que tomam força nas canções são teclados, órgãos e violões, mas sem abandonar a guitarra elétrica.
O nome Handycam não é à toa. A forte utilização desse tipo de câmera por parte da juventude é lida pelos artistas como um registro da realidade de forma pessoal e única, diferente do que acontece nas redes sociais ou do que hoje é criado com inteligência artificial – essa imagem tem o poder de ser autêntica, crua e cruel. É através desse tipo de gravação de baixo custo que muitos jovens conseguem registrar seus amores e amigos, mas também guerras, ataques, resistência, momentos íntimos e coletivos – ou até mesmo produzir videoclipes e filmes independentes.
A câmera digital de mão é um dispositivo, uma forma de capturar a realidade, e as canções do disco também têm esse intuito poético. Abrindo com Lungs full of air, uma canção em inglês-brasileiro que expõe a contradição da vida sendo tão potente e ao mesmo tempo tão frágil que cabe dentro de nossos pulmões cheios de ar, ou de uma simples palavra. Campo minado é uma música que nos faz sentir acompanhando uma trilha tensa do eu-lírico em meio a um campo minado, até chegar na estrofe que evoca temas bélicos. A doçura volta com Cinema total, que, longe de ser uma música escapista, é uma vertente desta “handycam” que retoma a subjetividade, a forma coletiva de se sentir mais forte nos duros momentos. A tríade inicial do disco se repete diversas ao longo do trabalho, com faixas extremamente densas e politizadas como Quantos serão no final?, Canção de retorno e outras mais românticas como Viciado em carinho, Tempestade de verão e Buracos, revelando o amadurecimento composicional e estético dos compositores ao abordar temas atuais de forma inovadora e sobretudo poética. No fim do disco a canção em inglês You never know trata do eterno ato de conhecer e se deparar com o desconhecimento total sobre o mundo. A criatividade e a curiosidade são não apenas motores das canções e arranjos do disco, mas como um dos principais temas do próprio.
Nomes fortes da cena underground nacional, os dois artistas debutaram em bandas independentes que são sucesso de crítica e público. A paulistana Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo foi indicada Artista Revelação 2021 pela APCA com seu disco de estréia; com o segundo álbum foram para o Prêmio Multishow 2023 na categoria Rock do Ano. A banda passou por festivais como Lollapalooza (SP), Primavera Sound (SP), Coquetel Molotov (PE), Coala Festival (SP), Casarão (RO, AM), Lobotomia (SP), entre outros. Em sua última turnê passaram por mais de 30 cidades do Brasil e cinco países da Europa. A Tangolo Mangos, de Salvador, existe desde 2017 e conta com dois EPs e um álbum de estúdio. É destaque na cena nacional e passou por festivais como Radioca (BA), DoSol (RN), Feira Noise (BA) e Universo Paralello (BA). Em 2025 realizaram sua primeira turnê internacional, com mais de 15 shows na Europa.
Por: Sthefany Martins




























































































































