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Com “Breach”, Twenty One Pilots fecha ciclo iniciado há 10 anos em “Blurryface”

Dez anos após o nascimento do universo enigmático de “Blurryface”, o Twenty One Pilots lança “Breach”, seu oitavo  álbum de estúdio. O trabalho marca o fim de uma era e amarra os fios soltos da narrativa criada por Tyler Joseph e Josh Dun, um presente para os fãs que acompanham a saga desde o início.

Em 2015, o mundo conheceu “Blurryface”. Hits como “Stressed Out” e “Ride” se destacaram e levaram visibilidade global para o duo. Mas o que muitos viam como apenas uma coleção de sucessos alternativos revelou ser algo muito maior: o início de uma narrativa conceitual, meticulosamente construída. Uma história sobre controle, repressão, luta interna e libertação que seria contada através de álbuns, clipes, performances e até estratégias de marketing. 

 

O alter ego que dá nome ao álbum “Blurryface” representava as inseguranças e ansiedades de Tyler Joseph. Na estética do disco, a cor vermelha simbolizava esse peso psicológico. As músicas exploravam a luta interna do vocalista com a fama, a responsabilidade e o medo do fracasso.

Com “Trench”, lançado em 2018, a banda elevou a lore a um novo patamar. Introduziu Dema, uma cidade distópica governada por os Nove Bispos (bishops), líderes tirânicos que mantêm o controle mental e emocional de seus habitantes. Surge também o personagem Clancy, símbolo da resistência, que tenta escapar com a ajuda dos “banditos”, grupo rebelde marcado por fitas amarelas, cor que não pode ser enxergada pelos Bispos.

 

A estética do amarelo, tão marcante neste disco, virou símbolo de resistência contra o sistema de opressão de Dema. A história deixou de ser apenas introspectiva e passou a discutir controle social e libertação coletiva.

Muita gente estranhou o tom mais leve e colorido do albúm “Scaled and Icy”, de 2021. Mas os fãs mais atentos logo perceberam: havia algo de errado. O disco foi lançado sob um falso clima de otimismo, que, na verdade, fazia parte da manipulação dos Bispos. Clancy não aparece. O álbum seria, então, uma peça de propaganda criada por Dema para neutralizar a resistência. Um jogo de fachada.

Foi só em 2024 que o personagem-título finalmente teve sua própria voz. No álbum “Clancy”, a banda revelou o retorno do protagonista, agora mais consciente e ameaçador para Dema do que nunca.

Com sonoridade intensa e letras introspectivas, o disco se encaminhou para um desfecho. A última faixa, “Paladin Strait” trouxe o embate direto entre Clancy e os Bispos, que ficou em aberto. O álbum foi, na prática, o clímax narrativo da saga. Mas ainda não era o fim. 

 

Agora, “Breach” chega como o ato final. Com isso, Tyler e Josh não apenas fecham uma história que durou dez anos: eles provam que, na era dos singles descartáveis, ainda é possível fazer arte com propósito, coesão e coragem.

Estamos ansiosos para saber o que vem pela frente!

 

Texto por: Sthefany Martins

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