Trio californiano embarcou em uma nova turnê pelos EUA com o Alkaline Trio e o correspondente Bruno Clozel (Action182) contou para o EQFM detalhes da primeira data.
A volta do blink-182 aos palcos com a nova turnê Missionary Impossible (que conta com o Alkaline Trio como banda de abertura) estava cercada de mistérios em relação à sua duração, destinos, ao formato reduzido e com possíveis novidades de repertório programadas.
A primeira data finalmente aconteceu no último dia 28 de agosto, no Hard Rock de Hollywood (Flórida), para sabermos como tudo seria. O último show do blink-182 que vi foi aquele épico e saudoso show do Lollapalooza em São Paulo em 2024 – com um gosto especial pelos 30 anos de espera para ver a banda em terras brasileiras.
Esse show na Flórida também carregava uma história pessoal. Quase um ano e meio depois do Lollapalooza, vim acompanhar o primeiro show da turnê e a data não poderia ser mais significativa: há 16 anos, exatamente no dia 28 de agosto, eu fiz minha primeira cobertura de uma turnê do blink-182. Especificamente nesse dia, o show foi cancelado pela morte de Adam Goldstein (também conhecido como DJ-AM).
Sabe como é, né? A vida às vezes gosta de fazer esses círculos estranhos. O dia 28 de agosto tinha esse gap na minha memória e ironicamente agora em 2025 foi o primeiro show de uma turnê que representa uma banda em seu novo ápice.
Finalmente o blink-182 tirou a criatividade da caixa para inovar com um novo setlist! Repleto de músicas antigas e canções que não tocavam há mais de 20 anos, como “Roller Coaster” e “Online Songs”.
O começo do show foi uma surpresa enorme – abrindo com “The Rock Show”. As cortinas caíram e o palco na verdade era um mini-palco com um fundo todo grafitado. Lembrou o clipe de “Down” e também como se fosse um show no eterno Hangar 110, bem pequeno e intimista, mas cheio da energia do punk rock. O blink-182 soube trazer o sentimento da sua essência punk para o público com esse cenário e com a primeira parte das músicas. A sequência depois da abertura foi ensurdecedora: “First Date”, “Josie”, “Anthem Part 2”, “Online Songs”, “M+M’s” e “Fuck Face”. Cara, que setlist!
Foi ali no meio do show que a mágica aconteceu. O palco foi mudando – de forma meio automática, o cenário foi se desfazendo e sumindo, enquanto ao fundo aparecem apenas luzes e muitos amplificadores, como nos velhos tempos.As músicas continuaram passeando por vários momentos da banda: “Turpentine”, “Wishing Well”, “Roller Coaster” e “Bored To Death”. Isso trouxe um lado do blink-182 diferente das últimas tours, tocando mais os B-Sides que a gente ama, mas raramente escutamos ao vivo.
Chegando ao final, teve até um cover de “Hope” dos Descendents, que eles não faziam desde 2003. Imagina só.
O final apoteótico veio com uma sequência que é impossível de não cantar a todos os pulmões: “What’s My Age Again?”, “All The Small Things” e “Dammit”, como sempre. Papel picado voando pra todo lado e o encore – como fizeram na última turnê e também no show do Brasil – finalizando com “One More Time”.
Há quem diga que o blink-182 não é mais o mesmo de antigamente, mas o primeiro show da nova turnê provou mais do que o contrário. Além de mostrar que a banda está ligadíssima com seus fãs e todo seu repertório, trazendo esse lado B mais à tona e satisfazendo os fãs mais old-school.
E olha, depois de 16 anos voltando no mesmo dia, posso dizer: valeu cada segundo da espera. blink-182 life, for life!





O blink-182 e o Alkaline Trio ainda seguirão na turnê Missionary Impossible até o dia 19 de outubro, quando encerram a viagem com duas apresentações em Las Vegas. A banda ainda não tem novas datas ou previsões para apresentações no Brasil no momento.




























































































































